sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Onde comer?

Ahá, aposto que essa é uma das maiores preocupações de muitos turistas: Onde comer? O que tem lá? Como é?

Eu esperava um lugar onde a culinária fosse toda voltada para peixes, mariscos e frutos do mar. É mais ou menos isso, mas não completamente. Em Moorea e Bora Bora há restaurantes fora dos hoteis e dá prá comer uma comida internacional. Existem massas, pescados, carnes, aves, etc. Em Bora Bora, estive em dois restaurantes, o Le Matira Beach, que tem culinária francesa estilo bistrô, música e ambiente requintados, bastante sofisticado



e no Bloody Mary's, o restaurante mais famoso da ilha, que tem um padrão um pouco diferente, um dono americano, mas não chega a ser um estilo americano de servir.


Como tudo o que é feito pelos norteamericanos, o lugar é totalmente diferente do padrão da ilha. Tem mesas de madeira, com chão de areia e um atendimento muito rápido (o que não é comum). Essa foto debaixo mostra o dono apresentando o cardápio: ou seja, não existe um menu físico, mas uma mesa onde são colocadas as carnes dispostas. Você escolhe o que quer, os acompanhamentos já vem com a carne e a lagosta custa muito caro. Aliás, lagosta é cara no mundo inteiro. Tem carnes, frangos, peixes variados (aqui existe muita variedade de peixe, além do mahi mahi de todos os outros lugares, inclusive alguns de alta profundidade). O restaurante é muito legal e tem uma loja na porta com souvenirs diversos...


Os restaurantes normalmente oferecem transporte (o Le Matira foi gratuito, para o Bloody Mary's tivemos que pagar uma taxa) e usualmente os jantares vão das 19:00 às 21:00 hs. Ambos servem almoço, mas é mais complicado de se chegar. Lembremos que andar pelas ilhas não é fácil e as coisas são um pouco distantes. 

Em Bora Bora, se você estiver num motu, lembre-se de que é preciso pegar um barco para depois andar pela ilha. Os pontos de desembarque dos hoteis ficam geralmente na praia de Matira (exceto o Bora Bora Pearl Beach, que fica mais longe) o que facilita um pouco o acesso aos restaurantes...

Os hoteis também possuem cozinha internacional de boa qualidade. Em Tikehau não há outra opção a não ser comer no hotel (o que não é tão ruim assim, apesar de enjoar um pouco depois de alguns dias). 


Quanto ao preço, eu já disse nas perguntas frequentes, mas repito: Um jantar para duas pessoas com vinho, vai sair na faixa de uns USD 200, com um prato para cada um, servidos razoavelmente e com sobremesa. Se não for tomar vinho e economizar na bebida, dá prá ficar na faixa de uns USD 120 - 140, dependendo do que for beber. As comidas tem uns preços mais ou menos padronizados, não fugindo muito dos XPF 3000 - XPF 4000. Eu economizava um pouco dividindo pratos, mas não é sempre que isso é possível. No jantar não rola, já que os pratos ficam ainda menores, mas no almoço, dependendo do café da manhã, dá prá baixar o preço para uns USD 80. Menos que isso, só se encontrar um supermercado (em Vaitape, centro de Bora Bora tem um bom) e comprar as coisas lá....

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Hoteis, hoteis, hoteis e mais hoteis...

Ah, os hoteis. Para aqueles que passaram pela parte de Perguntas Frequentes e querem se aprofundar nos hoteis, aqui vão umas informações mais específicas...

Os bangalôs sobre as águas:
Se quiser procurar na internet, o termo é "overwater bungalow". Existem dos mais diversos tipos e tamanhos, dependendo muito do padrão do hotel  que você escolher. Aí você pergunta "padrão de hotel", como assim?
Eu pensei (errado) que fosse chegar lá, os hoteis fossem todos maravilhosos, com serviço 5 estrelas, atendimento VIP e...


É, me decepcionei um pouco. Como disse, o atendimento varia muito e você leva EXATAMENTE o que paga. Não pense que "bangalô é tudo igual" porque não é. Os mais caros efetivamente são melhores, em termos de quarto e serviços.
Quando se fala de visual, aí a coisa muda um pouco. Qualquer lugar que você for ficar será muito bonito. Em Moorea, a cor da água é impressionante, provavelmente você nunca terá visto algo parecido na vida.



Bora Bora, então, nem se fale. Assim, a primeira impressão será muito forte. Eu já estive em algumas praias muito bonitas e digo que não tem comparação. O visual do Tahiti é diferente. Realmente um lugar privilegiado.
Aí fica a pergunta: vale pagar muito caro por um bangalô num hotel com serviços mais ou menos?

Eu acho que valeria pagar um pouco mais caro para pegar um hotel melhor. É chato ficar repetindo, mas os serviços do hotel são usados em sua plenitude. Pense no lugar como um resort: Você vai acabar comendo por lá, ficando nas dependências do hotel grande parte do tempo, então ele precisa ser agradável. Tudo bem, existem passeios, mas eles são muito parecidos, ou seja, se você fizer numa ilha, talvez não queira repetir. Além disso, os próprios bangalôs já são o charme e diferencial do lugar e não compensa pagar caríssimo num bangalô prá ficar o dia inteiro fazendo atividades em outros lugares...

Onde ficar, então?

Apesar de tudo, não se pode medir um passeio pelo poder econômico. É muito chato pensar assim: ah, se não posso pegar o hotel mais caro, então nem compensa ir. Não é assim. Se der prá pegar o melhor, ótimo, se não, aproveite o melhor do que for possível. A vida é assim.
Em Bora Bora, procure ficar nos motus. Existem dois hoteis, o Intercontinental Le Moana e o Sofitel  Marara que ficam na própria ilha, na praia de Matira. A praia é muito bonita, mas a privacidade é menor, porque a rodovia passa do lado dos bangalôs. Tudo bem que eles protegem muito, fecham com tapumes e pedras, mas mesmo assim os motus são mais interessantes. Aqui vão as opções e a quantidade de cifrões indica o valor:

                                                               Vista da praia de Matira

Bora Bora
Saint Regis $$$$$
Four Seasons $$$$$ 
Intercontinental Thalasso $$$$$
Hilton Bora Bora Nui $$$$$
Sofitel Bora Bora Motu Private Island $$$$$
Le Meridien $$$$$
Intercontinental Le Moana $$$$
Sofitel Marara $$$$
Bora Bora Pearl Beach $$$$
Existem umas pensões na praia de Matira (que é muito linda) e podem compensar. O mar é muito bonito e com opções de restaurante por perto.
Chez Nono $$
Chez Rosina $$
Hotel Matira $$

Moorea
Em Moorea, as opções de resort super luxo são mais reduzidas. Ficam basicamente o:
Intercontinental Moorea $$$$$
Hilton Moorea Lagoon & Spa $$$$$
Moorea Pearl Beach $$$$
Sofitel Moorea $$$$

Tikehau
Tikehau Pearl Beach Resort $$$$
Em Tikehau você SÓ vai usar a estrutura do hotel. Não tem mais nada na ilha e o mesmo vale para Manihi. Assim, vai ficar caro... Nesse hotel, particularmente, vale ficar nas suítes overwater (é um outro padrão). O bangalô sobre as águas não tem ar condicionado e nem acesso direto ao mar. Além do que os bangalôs foram construidos sobre um local com muitas pedras e tubarões. Prá mergulhar é ruim. Os outros quartos, as suítes, são bem melhores, mais espaçosos e possuem um mar melhor para mergulhar.



Eu fiquei no Hilton em Moorea (recomendadíssimo, excelente hotel), no Bora Bora Pearl Beach em Bora Bora (bom, mas o bangalô não é tão bonito quanto o do Hilton) e no Tikehau Pearl Beach (que é esse que eu citei acima). Só recomendo o Tikehau se for na suíte. O bangalô overwater comum não é lá essas coisas.

Existem bangalôs de jardim que acabam sendo até mais espaçosos do que os sobre as águas. Tem alguns com piscina, inclusive para várias pessoas. EU ACHO, e é opinião pessoal, que você deveria ficar num sobre as águas e deixar os de jardim para algum resort brasileiro. Vai custar a mesma coisa e pelo menos isso é o melhor que temos aqui. Em Bora Bora nem dá prá pensar em ir lá e não ficar num sobre as águas...


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Que dinheiro levar?

Essa normalmente é a primeira pergunta que um viajante faz. O que eu devo levar para uma viagem no exterior?


Há alguns problemas que decorrem disso. Não é simplesmente uma questão de câmbio. Como disse o Ricardo Freire do Viaje na Viagem, o viajante moderno habilita o cartão de sua conta bancária para sacar diretamente no país de destino, na moeda local. Perde-se uma única vez na conversão, paga-se, normalmente, o dólar comercial do dia na transação (cheque isso com o seu banco) e não se fica sujeito a grandes oscilações no câmbio.

O cartão de crédito é outra ideia fantástica. Tão boa quanto o saque em conta, mas com o inconveniente de se ficar sujeito a câmbio entre a compra e o pagamento da fatura. Se você estiver viajando numa época de câmbio mais tranquilo, não tem problema. O risco é, numa época mais tormentosa, pagar R$ 1,80 no dólar na data da compra e 2,20 no fechamento da fatura. Isso tem que ser considerado.

Então não compensa levar nada de dinheiro?

Também não faria isso. Sair de casa sem dinheiro NUNCA é uma boa ideia. É sempre interessante levar uns dólares ou euros na mão, com você. Coisa de uns EUR 300 ou USD 500. Se você estiver num lugar muito remoto, isso pode resolver seus problemas; se tiver alguma dificuldade tecnológica (a rede do banco fora de área, não encontra caixa eletrônico) idem.

O fato é que o câmbio no Tahiti é fixo para o Euro (119,33 XPF - ou CPF a moeda de lá-  para 1 Euro) o que diminui essa dificuldade. Se eu tivesse que levar algum dinheiro para lá seria Euro. O dólar oscila, os hoteis metem a faca na cotação (prá dar uma ideia, quando estive lá a oficial era 85,5 XPF para cada USD. Só que os hoteis raramente passavam de 80XPF para cada USD. É uma perda considerável.). Nas lojas normalmente o câmbio é melhor. Restaurantes, principalmente os mais famosos de Bora Bora, tem uma cotação ruim, próxima da dos hoteis.

Em resumo: saque internacional no cartão de sua conta corrente, cartão de crédito e um dinheiro na mão, seriam a minha sugestão para a sua viagem.

Como me viro por lá?

É fato que os brasileiros estão com dinheiro e já se tornaram consumidores vorazes em matéria de turismo. Mas ainda não chegamos próximos do que os americanos, europeus e japoneses fazem. Assim, falar inglês, em qualquer país estrangeiro, acaba sendo uma necessidade.

O que não é preciso é aquela fluência. Normalmente as pessoas costumam ser muito simpáticas com turistas (já que os turistas são vistos como pessoas com dinheiro) e a linguagem universal da mímica pode ser utilizada. É fato, porém, que isso acaba cansando um pouco, já que você sempre tem que fazer um esforço imenso para pedir uma coca-cola ou perguntar onde é o banheiro. Assim, amigo (a), não vai ter jeito: o inglês, mesmo que básico, é fundamental.

Lá os caras falam francês e tahitiano e como o local é muito orientado para o turismo, o inglês também é muito falado. Mesmo na rua não é difícil encontrar pessoas que falem inglês. Não é que você vai dialogar com todo mundo em inglês, mas palavras chave são sabidas tranquilamente.

Então não falar inglês é um problema? É, e não é. É porque a viagem vai ficar mais difícil, certamente. A linguagem do gesto acaba solucionando o problema, mas cansa depois de uns dias. Mas também não é por falta de inglês que você vai deixar de conhecer os lugares. Levar um dicionario de bolso com palavras chave pode ser uma ideia.

Eu creio (por intuição própria) que se o Brasil continuar crescendo economicamente é provável que sejamos mais bem tratados por aí no mundo. O fato é que a Alemanha é uma potência e não se fala alemão em todos os lugares do mundo por causa disso. Assim, o inglês ainda será muito interessante, mas com um pouco de jeito tudo se resolve, não é mesmo?

domingo, 5 de dezembro de 2010

Perguntas Frequentes

Vamos começar pela nossa seção de perguntas e respostas...

Dá prá ir por conta própria?
Sim, mas antecipo que é provável que você tenha alguma dificuldade na escolha dos hoteis e das ilhas, já que são muitas as opções.

Quanto tempo é legal ficar?
Pelo fato da viagem ser muito longa, é interessante que você fique pelo menos uns 10 dias por lá. Mas com sete noites, já dá prá aproveitar legal. Ou seja, não é por falta de tempo que é preciso deixar de ir.

Quais ilhas visitar?
Bora Bora é obrigatório. O resto, fica por conta do cliente. A Polinésia francesa é composta por ilhas, e os dois maiores arquipélagos são a sociedade (onde fica Papeete, Bora Bora, Moorea) e Tuamotu, onde estão ilhas de formação vulcânica, os atóis. Eu visitei Moorea e Bora Bora da sociedade e Tikehau, de Tuamotu. É bom, também, pensar em menos deslocamentos, já que senão você vai perder muito tempo em aeroportos. Também é interessante notar que ilhas menores, tipo Tikehau e Manihi, possuem apenas um resort (da rede Pearl Beach) e umas pensões. Ou seja, as opções são restritas.

Qual rota seguir?
É praticamente obrigatório, saindo do Brasil, pegar o vôo da LAN, que sai de Santiago, dá uma parada na Ilha de Páscoa e segue até Papeete. É obrigatório passar por Papeete, independemente de qual ilha você pretenda visitar. Existem rotas por Los Angeles e por Paris, mas não creio que seja interessante por causa da distância e do tempo de viagem...

Ôpa, então a viagem começa por Papeete. O que tem prá fazer lá?
Existem resorts em Papeete, inclusive bangalôs sobre as águas. Se quiser passar um tempo lá, pode até ser. Mas eu não recomendo. Papeete não tem nada demais para ser visitado, a não ser um mercado Central, com as mesmas coisas que você encontra em outras ilhas. A praia é normal (nem feia e nem bonita). Pense que é praticamente obrigatório que você passe uma noite lá (já que o vôo da LAN, se não atrasar, vai chegar lá umas 23:00 horas) e que o fuso horário em relação a São Paulo é de 8 horas. Dá até prá ficar no aeroporto pela noite, mas não creio que alguém em lua de mel se meta a fazer isso. Na volta é ainda pior, já que o check out nos hoteis normalmente ocorre às 11:00 horas do domingo (ou da quarta) e o vôo só sai às 00:30 da segunda (ou da quinta). Isso significa um dia inteiro em Papeete...

E de Papeete eu vou para...
Para onde quiser. Todos os vôos da Air Tahiti saem de lá para as mais diversas ilhas. Ou seja, daqui você pode se dirigir para qualquer lugar. Existe a possibilidade de ir para Moorea de ferry boat (o que é muito interessante), numa viagem que dura uma meia hora, mais ou menos. Normalmente os passeios começam por Moorea, que é a ilha mais próxima de Papeete, e eu aconselho que passem por lá.

É realmente necessário ficar nos resorts ou dá prá curtir o lugar ficando em pousadas e pensões?
Pela minha experiência, é muito mais interessante ficar num resort. Em primeiro lugar, porque as melhores praias foram compradas por eles. Temos que lembrar, também, que lá as praias são particulares, então não é só pegar um carro, sair andando e parar onde quiser. Além disso, infelizmente, o poder do dinheiro deixou os resorts com as águas mais bonitas e transparentes, o que pode fazer com que você perca os melhores lugares para ficar. Em Bora Bora, existe a praia de Matira, única praia aberta na ilha. Ela é fabulosa, linda mesmo e dá até para pegar uma pensão em Matira que você vai curtir bem o lugar. Mas os resorts são melhores...

E o agito? Tem baladas por lá, como é?
Não tem agito. Existe um lugar, em Bora Bora, que os caras dizem que é um night club, mas eu não acredito. Os passeios são sair para jantar (em Bora Bora e Moorea) e voltar pro hotel cedo (os transfers normalmente te pegam no hotel às 19:00 hs e te levam de volta às 21:00 hs). Os restaurantes são carésimos e o estilo é francês (entrada, prato principal e sobremesa). Prepare-se para deixar uns 200 reais por refeição. Se você seguir o estilo proposto e comer os três pratos, por pessoa. Caso dispense e só coma o principal, dá prá fazer isso por casal, sem vinho. Se tomar vinho, serão uns 400 reais um jantar.

Ah, mas aí depois eu volto do restaurante e paro no bar do hotel e curto a noite...
Não. 22:00 hs fecha tudo e os caras te expulsam do lugar, com aquela educação francesa...

Dormir cedo e acordar cedo são o esquema, então...
Isso aí. 7:00hs já dá prá tomar café da manhã e pensar nos passeios. Mergulho, por exemplo, sai umas 8:00 hs. A excursões de meio dia vão sair do hotel antes das 9:00hs.

E os passeios, vale fazer todos?
Depende. Tem muita coisa "pega turista" como em todos os lugares. Tem quem adora aproveitar ao máximo. Ou seja, se é típico, a pessoa adora e curte. Prá esse tipo de pessoa, é claro que vale fazer o máximo de passeios possível. Existe o show Taitiano típico, o Tiki Show, que é legal. Também existem mergulhos com golfinhos, tubarões, arraias, pic nics, sobrevoos, passeio de jet ski, aluguel de carro, passeio de barco, etc. Eu fiz o pic nic, o mergulho, o Tiki show e aluguei um carro. Como ficamos em resorts e a atração, para mim, era o bangalô, não me animei de ficar andando prá todo lado, fazendo qualquer coisa. Mas depois de uns 3 ou 4 dias de bangalô sobre as águas, bate um tédio e é interessante dar uma volta. Acredite, o marasmo do lugar deixa a gente bem tranquilo e relaxado, mas isso acaba dando um bode...

Onde comer?
Normalmente no hotel. Esqueça os restaurantes baratinhos e o comer qualquer coisa. A estrutura do local onde você vai ficar será plenamente utilizada. A não ser nos dias de passeio, a tendência é de almoço e jantar no hotel. Nas ilhas menores, isso é a regra, já que não há opção nenhuma. Tikehau tem 500 habitantes, Manihi 800 e por aí vai. Isso quer dizer que não dá prá esperar muita diversidade num lugar desses. Normalmente é o hotel e só.

Os bangalôs sobre as águas são obrigatórios?
Nessa vida nada é obrigatório. Mas eu acho que sair daqui para não passar nenhuma noite num desses bangalôs é não aproveitar o que o lugar tem de mais pitoresco e legal. A diferença do Tahiti em relação aos outros lugares do mundo são o lagoon e os bangalôs. Se você não tiver condições de passar todos os dias da viagem, eu aconselho a separar pelo menos uma ou duas noites num desses bangalôs. A experiência é maravilhosa e marcante, totalmente diferente de qualquer coisa que você já tenha visto na vida.

E os hoteis, são todos iguais?
De maneira nenhuma. Existem grandes diferenças em relação aos quartos e aos serviços. Eu fiquei no Hilton em Moorea e nos Pearl Beach em Bora Bora e Tikehau. Se você puder, escolha as redes internacionais, tipo Hilton, Intercontinental, Four Seasons, Sofitel... Essa Pearl Beach não é legal. O serviço é ruim, eles não tem bar em piscina, as piscinas não são lá essas coisas. Só que os lugares são maravilhosos, muito bonitos. Assim, será impossível se decepcionar com o lugar, mas com o serviço, sim. Além disso não espere tratamento vip por estar pagando uma fortuna. Os caras tem um jeito mais frio (normalmente a administração é francesa) e não vão ficar lambendo a sola do seu sapato. Isso foi o que achei mais ridículo na rede Pearl Beach. A gente deixa os dois olhos da cara lá com eles, e os funcionários não estão nem aí para você. A comida é boa, mas o tratamento é frio e impessoal. No Hilton, Intercontinental, etc., o padrão é o americano, que é o "deixe o cliente o mais confortável possível". É bem melhor e as pessoas são mais bem treinadas...

Quanto tempo em cada ilha?
Uns 3 dias é o suficiente. Dá para curtir o lugar sem dar tempo de enjoar.

E o deslocamento?
Inter ilhas tem a Air Tahiti (airtahiti.aero) que vende passagens online. Nas ilhas, cada hotel tem seu próprio barco/van que fazem o percurso. Em Bora Bora, a ilha tem os motus, que são isolados. Para esclarecer, Bora Bora tem uma barreira lateral e uma porção de terra no meio. Entre a barreira e a terra, fica o lagoon. Essas barreiras laterais (ou pequenas ilhas dentro da ilha) são os motus. Então os hoteis são isolados (exceto o Intercontinental Le Moana, o Sofitel e as pensões) e não há como acessá-los, a não ser de barco. E quem fornece o serviço são eles próprios. É caro (na faixa de 50 reais por pessoa por viagem) e impossível não pagar. Nas ilhas menores, principalmente, o único transporte é o do hotel.

Quanto custa participar da festa?
Custo em viagem normalmente é relativo. Se você for fazer todos os passeios disponíveis, tomar todas e realmente tirar o tempo para curtir, pode separar uns 15 mil reais por casal só para gastar lá, em uns 11 dias. Achou muito? Mas é isso aí. Na faixa de 150 reais por refeição por casal no almoço (taxa de conversão a 50XPF = R$ 1,00) e uns 300 no jantar. Se você for comer pouco, o custo baixa, é claro. Mas não existe deixar menos de 7, 8 mil reais por lá só com comida, passeio e deslocamento. Se o transfer já tiver incluído no seu pacote, considere 7 mil. Caso contrário, considere 8. A passagem de São Paulo para PPT (parando em Santiago e na Ilha de Páscoa) custa uns 2400 reais por pessoa. E os hoteis, custam uns 1000 reais por dia, na média. Se for pegar só bangalô sobre as águas, considere uns 1200 reais por dia, com café da manhã...

E as coisas lá são realmente caras?
Sim, bem caras. Mesmo no supermercado, considere deixar uns 10 reais por uma cerveja e uns 8 reais por uma coca cola. A logística é complicada, as coisas importadas...

E a viagem de volta?
Na volta, tem que parar em Papeete. Aí você pensa: vou tirar o dia prá dar uma volta lá. É, mais ou menos. Se for de domingo, esqueça, já que a cidade "fecha" às 11:00 hs. da manhã. Na quarta-feira, ainda dá prá fazer alguma coisa até às 19:00 hs. Mas, sendo sincero? Você vai acabar cedendo ao day use em algum hotel próximo do aeroporto. Existe o Tahiti Airport Motel, ao lado do aeroporto, mas com uma subida fenomenal, todo de escadas, bem complicado. Eu fiquei lá...

Com tudo isso, vale a pena ir lá?
Com toda a certeza. O lugar é muito bonito, diferente e único. Não sei se é "o paraíso" como eles mesmo se intitulam, mas é fato que a viagem vale muito a pena. A cor da água em Bora Bora é fascinante, a visão muito bonita, a calma e a tranquilidade impagáveis. O mergulho também vale muito a pena, já que a visibilidade é fantástica. É provável o Tahiti seja um dos melhores lugares do mundo para mergulhar. Para relaxar, com certeza...

Quero ir pro Tahiti!!!

Acabamos de voltar do Tahiti, eu e minha esposa. O lugar é fabuloso, lindo e vale a viagem. Mas isso todo mundo já sabe e é muito fácil de encontrar na internet. Meu objetivo com esse blog é passar informações além das que estão disponíveis. Quero compartilhar as experiências que tive nas três ilhas que visitei, principalmente por ter feito todo o roteiro por minha conta. Essa pergunta deve ter sido feita muitas vezes por aqueles que pensam em visitar o paraíso. Vamos lá.
Vou procurar organizar os posts conforme as necessidades e pretendo passar um pouco das minhas próprias impressões, sem descaracterizar o objetivo do blog, que é ser informativo. Ou seja, em muitos pontos quero passar minha própria opinião, mas sempre procurarei expor outros lados para que viajantes dos mais diversos tipos possam se divertir. Seja feliz!